Ontem fui buscá-la à escola. Tínhamos um lanche em casa da avó paterna com as tias paternas - a tia Ana estava de visita da Alemanha. Ainda tinha de ir buscar os irmãos e passar por casa para dar banho aos três. Resolveu que tinha de beber água antes de passarmos pela escola dos irmãos (onde, expliquei-lhe, podíamos pedir um copo de água e evitar a fila do bar). E, como eu não cedi, fez a pior birra (com a maior assistência possível) dos seus quatro anos de existência. As pessoas fizeram caras e bocas, ela deitou-se no chão, gritou, esperneou e esbracejou e eu deixei que a vergonha infligida pela multidão assistente influenciasse o meu comportamento. A verdade, que nunca devia ter-me abandonado, é que a opinião mais valiosa de todos é a dela, é com ela que tenho uma relação valiosa, e que, portanto, os outros, os seus olhares, reprovações e comentários não interessam. Ela está de castigo (não pode ver televisão até ao final do dia de amanhã), mas isso não vai impedir-me de amanhã termos mais um dia de princesas, um dia só nosso, em que investimos no que realmente importa: a nossa relação! Os outros terão de esperar...

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